Em tempo de férias no sítio acontece de tudo. Hoje não teve "relax"
(leitura depois do descanso do almoço com as crianças), devido a uma cirurgia
no olho que ardia muito - devo ter pego o rastro deixado pelo redemoinho que
passou por aqui. Muito embora tenha me protegido, não deixou de trazer poeira
pra dentro de casa. Eu não vi, mas segundo Sinhá “Barbina” - “o meu braço
direito, esquerdo”... aqui no sítio "o bicho rodopiou com tanta
velocidade e subiu a uma altura de mais que o pé de sibipiruna" - a árvore
mais alta por aqui, apanhando tudo que via no caminho, de folhas secas, papel de balas (essas crianças,,,) até galho
de umbuzeiro seco, valsou no ventre do danado. Disse ela que "o pé do
malvado rodopiava com tanta força que ela de tanto medo clamou aos céus
misericórdia". (nesses tempos de
muita seca são comuns esses "filhotes" de ciclones aparecerem por
aqui levantando poeira, varrendo tudo...).
Para a turminha ontem só restou mesmo a TV e os jogos trazidos da
cidade. O dia estava findando, dando lugar para a noite, que sempre vem
acompanhada de uma barulheira ensurdecedora, já que os hóspedes não podem mais
brincarem no terreiro. Não conseguia ouvir e se quer vê minha novela. Usei da
minha autoridade de avó e falei mais alto, ameacei todas - ou ficam quietas, ou vão
para o quarto dormir. Eu, no meu vício de eterna navegante, não percebi que se
retiraram da sala. Só sei que gerava um silêncio agradável entrecortado de vez
em quando pela voz de Larinha. Enquanto estou navegando, vejo uma mãozinha
delicada puxando meu braço e ouço a pergunta - “Minha vó as meninas estão
perguntando se podem pegar alguns lençóis no armário”. Imaginei que iam brincar
de casinha, e disse sim, mas com a promessa de depois arrumarem toda a bagunça.
E demoraram... Eu só ouvia a risada de Larinha e João reclamando que estava
morto de sono - a brincadeira estava se dando exatamente no meu quarto, não
entendia, porque. Talvez pelo espaço? – Ah, sei lá, eu estava atenta mesmo era
na minha navegação. Mas consegui pacientar João. Qual não foi a nossa surpresa
quando aparece três "japonesinhas" tendo como comissão de frente a
sempre serelepe Larinha.
Valeu João o seu sono encurtado!!! Pena que estamos sem câmera e o celular
não tira foto nem filma à noite porque não tem flash. - Meu celular não é
nenhum ipad, smartphone, ou coisa parecida... Já adquiri com os anos experiência
suficiente para não ser tragada pelo consumismo dessas modernidades, além do que,
enxergar na minha idade com um tamanho de fonte dezesseis e ícones extragrandes,
já é trabalhoso imagine nesses micros aparelhos com tantas informações – Tô fora,
e como diz minha sobrinha Cassia Queiroz melhor pra mim é um tensiômetro que só
falte captar os sentimentos do meu coração. Mesmo assim, registramos tudo que
foi possível. As imagens, óbvio, ficaram prejudicadas pela falta de
luminosidade, mas valeu como registro dessa turminha que tem feito nossos dias
mais agradáveis aqui no sítio
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