sexta-feira, 20 de julho de 2012

Mais um Combate

São seis horas da manhã?(madrugada) JARLI E João SAIRAM CEDO, PARA O HOSPITAL - Segunda sessão de quimio - ela cheia de dores, mas não perde a vontade de ir em frente - imaginem que foram de taxi e vão ainda enfrentar uma fila danada, agora pensem no sofrimento dessa pequena-grande-mulher se fosse depender do transporte gratuito, daqui da prefeitura de Carapicuíba, uma cidade esquecida pelos governantes - talvez até que chegassem, mas cedo demais para a próxima quimio, jamais conseguiriam fazer a sessão marcada no horário e com certeza passariam o dia todo no hospital - São muitos pacientes e ela não poderia dar-se ao luxo de levarem ela no horário marcado. Mas Deus é Grande e colaboração não faltou de alguns da família e de outros tantos amigos que amigos não mediram dificuldade para fazerem a famosa "vaquinha" (é como chamamos na Bahia quando um grupo se dispõe juntar um pouquinho de dinheiro de cada e formar um "poucão" sem abalar as estruturas financeiras de ninguém) è lá se foi a nossa Heroína acompanhada do seu Anjo-da-Guarda - meu marido seu sogro- levantou primeiro que eu fez o coquetel laxante para ela, fez café e colocou para eles dois... A minha parte é cuidar de providenciar a roupa, os casacos, botas e os documentos além de colocar um iogurte na bolsa - É bem pouco em relação ao que o meu marido faz - mas é o que posso fazer. Agora vou tentar ver se Mariazinha dorme mais um pouco, chorou muito com a saída da mãe, meu filho, coitado um trapo humano de tanto trabalhar, pegar peso e sofrer com a doença da esposa. Bem ontem adiantei todo serviço da casa, mais uma vez zerei o cesto de roupas sujas, fiz a faxina da casa, - me esmerei no banheiro rsrs - pois sei que hoje vai ser um dia daqueles - Jarli passando mal, Mariazinha querendo colo, meu marido na cozinha e eu tentando acalmar a "Menina-Deus-de-Cauçolinha"... Que criaturinha abençoada!!! Literalmente. Agrega todos os predicados de uma criança na idade dela - um ano e onze meses - dócil, travessa, chorona, malcriada, tigelina (criança que pega em tudo e sobe nos lugares que uma pessoa jamais imaginaria que uma criança fosse capaz de tamanha façanha-falando nisso vou logo cuidar de jogar em cima da cama que durmo o colchão de casal que está em pé encostado no guarda-roupa - Esse é o colchão que o pai dorme com ela, já que a mãe não pode mais dormir junto dela (ETA colchão grande e pesado!!!) Se eu não fizer isso a "pestinha" vai subir na minha cama e tentar fazer do colchão um tobogã e só rola de ponta-cabeça. Ufa. Bem terminei o meu diário de Lar, agora com um frio da "peste" desse e sendo ainda seis e vinte e nove vou tentar dormir um pouco novamente na minha cama alta com dois colchões - é um desconforto, mas pelo menos tiro um cochilo tranquila, sabendo que tobogã de ponta-cabeça não vai rolar . Até amanhã, a essas alturas Jarli já está no hospital esperando distribuírem as fichas e com certeza ela não está entre as dez primeira, Imaginem se fosse depender do transporte da Prefeitura ou da compra de voto de algum político (não conheço ninguém que nos fizéssemos chegar até um deles e não vendemos voto) - Nossos títulos nem daqui são. Mas valeu o esforço da minha sobrinha, Ana Paula que se preocupou em enviar na ingenuidade dela, um e-mail para a prefeitura. Ana minha sobrinha muito amada - aqui em São Paulo ou na Bahia quanto ao problema de mobilidade gratuita é tudo a mesma coisa - péssimo, não funciona. Seu tio que acompanha Jarli ouve é história sobre isso, de pessoas que inclusive faltam ao trabalho porque se fosse depender da gratuidade dos transportes tanto de prefeitura, ONGS, ou igreja passariam o dia inteiro no trânsito?Hospital. De uma coisa tenho certeza, apesar do Hospital ser de referência, se dependesse unicamente da minha opinião não contaria um minuto em Le vá para Bahia, conheço inúmeros casos de câncer mais raros que foram tratados lá por Hospitais Públicos e as pessoas se curaram. (Na Bahia eu teria pelo menos seis carros da família à nossa disposição, pessoa para nos ajudar não faltaria inclusive meu braço- direito) minhas secretária que há muito já a tenho no coração como filha, contaria com a secretária de minha filha, e a solidariedade de toda minha família. Infelizmente eles moram aqui e ela gostou muito da onco dela. Vamos no "sacrifício" que tem horas que chega a ser desumano ficando aqui em São Paulo.

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