segunda-feira, 6 de agosto de 2012

ADEUS DUNINHA


Segue em outro prisma da mesma forma que fez aqui nesse planeta. Com sua "língua de trapo", ao contrário do que alguém possa pensar era bastante divertido ouvir você "esculhambar” com sua risada gostosa de tudo e de todos, e olha que nem você escapava. Ah, como provocava frouxos de risos em todos que desfrutaram o prazer de conviver com essa "psicóloga autodidata"!!! Palhaça nat
a... Ninguém ficava triste ao seu lado. A isso eu chamo de terapia do riso. E o que dizer das suas conversas picantes? Você foi ímpar na sua forma de viver e ver o mundo. Carregou consigo por toda vida o mais belo de todos os gestos - CUIDAR DE DOENTES, PRINCIPALMENTE DOS VELHOS - QUE LINDO! Fica essa lição de humanidade para todos nós da família,
Sua falta será irreparável, e sei que hoje a Marechal Floriano está muda, foi-se embora a pessoa que comandava a folia dessa rua a líder indiscutível de todos os tempos - dos que ai passeavam, moram, moraram ou já se foram da terra. DUNINHA a Rainha da Rua Marechal - essa foi a alcunha que tão bem lhe coube em homenagem à sua alegria. Estamos sem rainha e não cabe de jeito nenhum o ditado "Rei morto, Rei posto" Você jamais terá um substituto à sua altura.
Saudades, sempre minha Rainha "Língua de trapo", deliciosa!!!

Vou às Compras


Ah, meu amigo Luiz Valadares, lendo a sua história sobre o Valente Bobó - Seu Carro que já fez Bodas de Pratas -fiquei meditando como seria ter lojas que vendessem peças para corpo humano, de preferência em shopings bem elegantes... Eu ia entrar em uma loja dessas e gastar muito, e olha que sou “pão-duro”, mas essas compras eu teria o maior prazer de gastar. A primeira coisa que pediria ao vendedor seria um cólon intestinal bem transado com as pregas bem definidas, curvas bem feitas e um baço para me defender do inimigo aqui fora já que esses foram retirados de mim e hoje a falta deles, principalmente o seguimento do intestino me causa grandes transtornos. Com a vaga deles, hospedou-se em seus lugares uma família do ”balacubaco” chamada Gases - como se reproduzem esses hóspedes! E são inconvenientes, não podem ver uma loca vazia que logo invadem - no meu conjunto abdominal o que não falta é loca vazia de tanto órgãos que já se foram. Eles são inconvenientes, fazem festa a qualquer hora do dia com sons muito altos e o conjunto fica em polvorosa porque é muita flatulência e a barulheira chega ser ouvida por quem estar junto a mim. É constrangedor! Sabe, senhor, a falta dessa peça no meu abdômen mudou a minha vida – uma vez sem forno (intestino grosso) para fazer o bolo fecal tornei-me uma ”despachadora” incontinente de fezes. Comi , despachei. imagina eu fora da minha casa? É muito deprimente porque além de tudo os inconvenientes do “balacubaco” adoram brincar de “escorregadeira” nessas horas e o barulho que fazem quando vou despachar no vaso se ouve a dezenas de metros de distância. – Então, senhor, quero um intestino da melhor marca e um baço bom de briga que é para me defender dos inimigos ocasionais. Recolocada a nova peça, expulsaria de vez a família do Sr Gás, dessas locas, deixadas quando todo meu intestino grosso foi expulso do meu abdômen por mau comportamento. Ah, o senhor também pegue dois pares de pernas, não muito grossas, com boa massa muscular, sem gorduras e sem varizes, preciso trocar essas que aqui estão. Além de muito finas, não tem músculos e tem muitos vasos aparentes e uma delas me deu a uns anos passados um presente de grego: uma trombo pelo qual passei maus pedaços - dezessete dias em um leito de hospital sem poder andar. Deixe-me ver... Não, útero não quero, em absoluto, já o tive um, por sinal com muito bom desempenho - e joguei fora ainda bem jovem, não tinha serventia nenhuma. Filhos não ia ter mais... Pedi ao Dr. Carteado que me fizesse o favor de ligar as Senhoras Trompas Falópio – negócio de ficar jogando óvulos fazendo do útero cesta não me agradava nem um pouco , aprecio até muito o basquete nas quadras de esportes, não no meu corpo. Sangrar todo mês era um custo alto, com tampões - que coisa inconveniente entre minhas coxas, arre! - Remédios para dor - o óvulo ficava tão triste por não receber na “alcova” a visita íntima do campeão da corrida – uma safada essa célula - que se desfazia em lágrimas de sangue no colo daquele que seria seu leito de amor por alguns meses, sem contar que esse alcoviteiro também gosta de hospedar coisa ruim. Não, desse eu me livrei com a maior alegria e se eu fosse a dona desse tipo de comércio era um produto que não faria questão de vender. Ah, por favor, quero também um par de olhos perfeitos, já que os meus começaram a ser visitados por uma senhora chamada Catarata que agora está cada vez mais inconveniente, então se é de eu ter trabalho de expulsá-la e ainda pagar próteses pelo estrago que ela fez, melhor trocar por pares de olhos novos e brilhantes. Como dizia meu saudoso irmão Jorge “ou calça de veludo, ou bunda de fora”. Preciso também de uma Tireóide muito boa, bem delineada no seu formato de borboleta, - acho linda essa peça do corpo! Perdi a minha original, estava com tantos nódulos que não conseguia “bater asas” e tão pesada mergulhou como bócio que se transformou e quase faz um estrago de alto risco em mim. Não teria controle nenhum do meu humor, minha saliva, equilíbrio, temperatura... Se não fosse um tal remédio chamado Puran que tenta fazer as tarefas da minha borboletinha que de mim foi retirada. Tecido epitelial? Sim, sim, quero, e muitos metros – não porque as rugas me incomodam, chegou o tempo delas, mas é que a minha pele está ressecada demais, tenho custo muito alto com hidratantes e muito manchada – além de estar horrível, ainda tem alergia a picadas de insetos, o que me deixa toda marcada e com dores. Pega também, muita, mas muita cartilagem para articulações. Fiz um tal exame chamado Cintilografia Óssea, e qual não foi minha surpresa Dona Artrose havia se hospedado nas minhas articulações acabando com quase todas as cartilagens, que me fazem dobrar, virar sem atritar as minhas juntas -até no “pau” do nariz ela ousou fazer morada – acho que relaxei nos exercícios e deixei essa criatura habitar precocemente em mim desde os trinta anos – ah quanta permissividade! Se eu quero unhas? Claro, é uma coisa que não posso deixar de comprar. As minhas atuais por conta de muita química que tive que injetar no sangue porque outro vilão também achou de fazer morada em mim – Um senhor por nome Carcinoma, popularmente chamado câncer – foi por causa desse infeliz que perdi meu intestino e meu baço, mas ele não me venceu nessa batalha não, sai de melhor – então minhas unhas estão com riscas, quebradiças e com muitas manchas brancas e esdcuras, sem contar o estrago que a quimioterapia fez – essa não perdoa, mata tudo que é coisa ruim e se para fazer isso tiver que sacrificar algumas células boas, não tá nem aí - mata também, e nessa luta vale muito comer bastante e andar para os bons exercitarem-se e fortalecerem-se. Deixa-me ver a minha lista se falta mais alguma coisa... Ai se não olho a lista, ia me esquecer de comprar uma artéria renal – coisa da maior importância - Quero uma de bom calibre e livre de gordura, essa minha já tem estenose severa. . Quero tudo novo... E já que estou fazendo um upgrade, por favor, me dê todos os dentes - caninos molares, incisivos- só não quero queiros – Quero o que o senhor tiver de melhor, bem claros e certinhos tal qual um fila de aspirantes de academia militar – esse foi outro estrago irreparável e doloroso que me deu essa infeliz de quimioterapia – enfraquecimento dos dentes e ossos. Coração? Não... Acho que está tudo bem com ele - embora com ateromatose na aorta - Eta coisa que gosta de mim, é gordura, acredita senhor que até no meu fígado ela se espoja? O coração bate direitinho... Se eu quero um couro cabeludo com fartos cabelos? Não, não, estou muito satisfeita com o meu, mesmo ralinho, acho o meu cabelo lindo! Sobrancelhas? Sempre foram mais para penugens e curtas, mas também nunca me senti um patinho feio por conta disso. Quero gastar só com o que me incomoda e me faz sentir dor. Senhor, por favor, não fica me empurrando coisas, minha cabeça ainda funciona muito bem, os “brancos” de vez em quando é natural, mas nada que possa fazer estragos maiores. Acho que finalmente acabei, Soma tudo e coloca em vasilhames hermeticamente fechados. Vou ficar tão bem com a troca das peças que o dinheiro vai valer a pena ser gasto. Temos que fazer sempre manutenção no corpo. Vou ficar “tinindo” de boa. Só lamento o Senhor não vender enchimentos que preencham o vazio que fica na altura do estômago. Nunca vi dizer que alguma coisa vazia pudesse apertar, mas esse vazio aperta tanto, que dá uma dor triste, mas que não é tristeza, parece que se chama depressão. Ok, muito obrigada, vou indicar a sua loja para meus amigos da melhor idade, principalmente para minha amiga-irmã Dilail a quem carinhosamente chamo de Xexé, Já sei de antemão qual vai ser o primeiro pedido dela, um coração e depois um couro cabeludo bem avantajado de cabelos.
Passar bem.Agora é só trocar as peças. Mesmo gastando um dinheirinho vou rodar quilômetros e quilômetros ainda.

sábado, 4 de agosto de 2012

Fim de Linha


Fim de Linha pra mim... Das 1.920 hs que percorreria , infelizmente faltaram 480 hs. Motor esquentou, acelerador travou, caixa de câmbio quebrou... Apertei o freio... Estou no meio da estrada... Desnorteada, triste, magoada, lamentando nã
o ter completado a prova... Só me resta aguardar a hora que chegue o socorro para desbloquear o espaço. Desculpa Jarli, desculpa Tino, desculpa todos os meus filhos, parentes e amigos... Ao menos me dêem o conforto da compreensão de vocês – a máquina não é nova, e tem muitas peças com problemas. O desempenho foi fraco, eu sei, mas procurei conduzir todo o trajeto da melhor forma que pude. Pisei no freio... Chamo isso de responsabilidade, respeito ao tempo de uso da máquina e das peças estragadas, e até algumas que faltam mesmo.
Fim de Linha, nessa etapa... A máquina não é zero, mas tem conserto, é só não acelerar demais que ela ainda pode fazer algumas poucas coisas... Se ainda confiarem.

Meu amigo Luiz Valadares e Seu Carro Bobó


Minha amiga Maria Guidah Almeida, permita-me contar uma história verídica que me aconteceu, e ainda está acontecendo comigo. Ha 5 anos atrás, comprei um carro, é um Escort, modelo e ano 87. O carro me custou 4 mil reais, pagos a vista. Fui 
muito criticado por não ter comprado um carro novo, mas dinheiro que é bom, cadê? Chamamos o carro de "Bobó". O apelido se deu porque quando andávamos nele, a descarga fazia um barulho semelhante ao seu nome:"bóbóbóbóbóbóbó". Sabe como é carro velho, né? rsrsrsrs. Quando adquiri esse bem, nunca pensei no que ele iria me proporcionar. Começei tímido com ele, saía apenas para levar a familia na cidade vizinha para ver os parentes e para o shoping, mas logo, logo, decidia fazer viagens um pouco mais longa com ele. Todas as férias da escola dos meus filhos (dezembro, janeiro) viajávamos com ele para veranear. Fomos a muitos lugares legais, como Arembepe, Guarajuba e Salvador. Passeamos bastante com ele: visitamos parentes, curtimos praia, shoping, fomos a aniversários, casamentos... enfim, "Bobó" nunca nos deixou na mão. Há, bobó também serviu muito a amigos, pois, perdi as contas de quantas mulheres bobó carregou para as maternidades. Resultado: um carro que foi tão criticado por ser tão velho, proporcionou a mim e a minha familia muitas alegrias de laser; também aumentou mais a união familiar (tias, primos), me fez ganhar mais amigos e, mesmo cansando e velho, sempre foi fiel a mim e nunca me deixou na estrada com minha família. Eu nunca pensei que um carro tão velho iria me dar tantas alegrias, iria ter tanta serventia. Até os adolescentes da minha igreja, quando tem algum evento pra ir com o carro dos irmãos, eles gritam logo: "VAMOS DE BOBÓÓÓ!!!", felizes da vida. Resenham o tempo todo dentro do carro... rsrsrs (ter filho adolescente dá nisso). Bom, é verdade que precisei comprar algumas peças novas pra bobó, e que a manutenção dele custa um "dinheirinho", mas posso te dizer com toda a certeza que, nenhum dinheiro pode pagar tudo o que bobó ja proporcionou a mim e a minha família. As fotos estão no orkut, que não me deixam mentir. Bobó, com sua "valentia", conquistou parentes e amigos. Portanto, essa estória de que "o que é velho não presta mais", para mim é "conto da carochinha", pois, minha experiencia me diz o contrário. Sei que bobó um dia vai "APAGAR" de vez, QUANDO CHEGAR O TEMPO DELE, mas quando isso acontecer, ELE JÁ TERÁ CUMPRIDO A SUA MISSÃO, E DEIXADO O SEU LEGADO. Enquanto bobó tiver "vida" ,VOU SEGUINDO COM ELE PELA ESTRADA. Fique com Deus!!!

sexta-feira, 20 de julho de 2012

A Menina-Deus-de-Caçolinha

Bem, mais um Diário de Lar: Como previsto, ontem foi um dia daqueles... Jarli chegou da quimioterapia, cansada, debilitada, estressada, nauseada, cheia de dor... Meu filho ligava por minuto para saber da esposa, o que a deixou mais irritadiça. Ele não entende, que quanto mais pegajoso mais estressa. Teve vezes que ela se negou a atender o celular e dissemos para ele que ela estava dormindo. Ele teimava em que acordássemos a criatura... De nada adiantava dizermos que ela estava bem na medida do possível, que fazia parte do tratamento todo o estresse... Jarli não faz uma simples quimio, a dela é a mais forte, pois precisa diminuir o tumor para poder extirpá-lo, ela já tem lesões nos ossos e por isso tem muita dificuldade de movimentar-se... Hoje, ela não conseguiu se quer ir ao banheiro e eu tive que colocar a "aparadeira" nela, um processo muito doloroso, porque é justamente no quadril onde a dor está atacando com mais intensidade e eu não tenho forças nem qualificação para levantar-lhe o quadril com o devido cuidado. Mas conseguimos... Até aí tudo estava indo bem, mesmo aos “troncos e barrancos” como costumamos dizer lá na Bahia. Mas, o grande problema que estamos enfrentando – digo, estamos, porque sou eu e meu marido - é Mariazinha. A criaturinha está cada vez mais levada da breca e malcriada - entendo que o gênio embirrado tem a ver, além da idade, com o afastamento da mãe – eram sozinhas, cúmplices, ela dormia durante o dia agarrada ao pescoço da mãe comia no mesmo prato... essas coisas de filho e mãe muito sozinhos em casa sem contato com o mundo lá fora. (sempre tive comigo que isso não era uma educação correta, criança tem que ter contato com outras crianças, com outro ambiente que não o de casa, e brincar. Não só assistir os enlatados da televisão fechada – os pais acham uma maravilha - A menina não fica parada um minuto, parece um aspirador de pó - não pode ver um minúsculo cisco – que vista boa, Amém!!! - Que pega e põe na boca. Quando quer uma coisa que não pode, se joga no chão, chuta – mas uma nova forma de chamar atenção que ela aprendeu - pula em cima da mãe, pega em tudo, abre gavetas... Se tirar os olhos de cima dela por um instante se quer, ela já está no sanitário aprontando, abrindo o box, mexendo na lixeira... Não gosta de roupas. Índio?????? Tudo bem que minha bisa-avó foi índia, mas tanta geração passou e me chega essa herdando os costumes? Não fica calçada – São Paulo está frio demais, passo o dia inteiro, calçando meias e sapatos nessa criança... Isso pegando outros pares de meia e sapato porque ela esconde e daqui que eu vá procurar ela já está fazendo outras travessuras. Sobe nas cadeiras, se dermos um vacilo sobe na mesa – ontem ela ligou o liquidificador, não tava com o copo, o pé (do liquidificador) saiu andando, ela levou um susto, começou a gritar e chorar, eu reclamei mas ao mesmo tempo achava graça porque embora ela tivesse levado um susto a cena foi hilária, não dava para ficar séria. Não pode ver prato de comida, faz um escândalo! Só quer tudo na mamadeira, eu forço uma colherada, ela cospe tudo em mim, na roupa, no sofá.... Tem uma mania de cuspir tudo e sair limpando com a língua. Hoje eu perdi a paciência com esse anjinho??? Sim, ela é uma benção quando está na boa – como dizem os jovens de agora - dócil, carinhosa, engraçada, vivaz... Dá vontade de colocar no braço apertar, beijar, afagar... Coisa mais gostosa!!! Parece uma bonequinha, e eu sei que vou sofrer quando chegar a hora de ir embora, me separar dela... Continuando sobre as peripécias desse anjinho... – Ela cuspiu o celular de avô- molhou todo - tem toc de limpeza, por isso quer “lavar” tudo, é bem verdade que não é lá uma água normal, mas é líquido não é? Então pra ela cuspe é água e das mais limpas e cheirosas. A sorte é que “lavou” o fundo do cel, se fosse o visor, era uma vez um celular... Chamei o avô que veio da cozinha de avental, pegou o pobre do celular naufragado na saliva para enxugar- A cena ensombraria qualquer quadro dos melhores de humor que já se tenha visto. E eu???????? Peguei a moleca –já estava no meu limite – sentei-a com toda força em uma cadeira e virei para a parede - Daqui você só vai sair depois de alguns minutos para refletir e não fazer mais isso – disse. Essa menina fez um escândalo, se descabelou, chutou, eu a colocava virada para parede, ela virava pra frente querendo descer da cadeira e esse nosso pega levou alguns minutos... Nisso a mãe falou – minha sogra, por favor, eu estou com dor de cabeça... Sei que eu falo alto, e estressada, imaginem? Mas não deu para segurar, respondi no ato – Infelizmente Jarli, a casa é pequena, você está aqui na sala, e eu não vou deixar Maria tocar fogo na casa e nem me chutar, tudo tem limite. Fiquei muito aborrecida na hora, mas depois entendi que ela pra falar isso estava no limite dela. – Não é fácil para uma pessoa sadia suportar o meu pega-pega com Mariazinha no dia-a-dia, imagine uma criatura que tinha feito uma sessão de quimio na véspera, cheia de dor, nauseada.... Fiquei com remorsos por ter respondido daquela forma para ela, mas eu também tenho pentelhos e os meus estão mais brancos do que normalmente estariam se me encontrasse num ambiente de normalidade. Espero e tenho fé que ela quando passar o efeito da quimio vai me entender. Sou avó, e os avôs estão no mundo para mimarem os netos, ou num português bem claro – ESTRAGAREM, e não para educarem, e eu a muito venho desempenhando esse amargo papel de ser mãe-avó das filhas do meu filho.
Desculpa Jarli, perdoa essa sessentona, que não tinha o direito de perder o controle da situação num momento tão delicado, Mas se isso redime a minha culpa um pouco, apenas digo – SOU HUMANA

Mais um Combate

São seis horas da manhã?(madrugada) JARLI E João SAIRAM CEDO, PARA O HOSPITAL - Segunda sessão de quimio - ela cheia de dores, mas não perde a vontade de ir em frente - imaginem que foram de taxi e vão ainda enfrentar uma fila danada, agora pensem no sofrimento dessa pequena-grande-mulher se fosse depender do transporte gratuito, daqui da prefeitura de Carapicuíba, uma cidade esquecida pelos governantes - talvez até que chegassem, mas cedo demais para a próxima quimio, jamais conseguiriam fazer a sessão marcada no horário e com certeza passariam o dia todo no hospital - São muitos pacientes e ela não poderia dar-se ao luxo de levarem ela no horário marcado. Mas Deus é Grande e colaboração não faltou de alguns da família e de outros tantos amigos que amigos não mediram dificuldade para fazerem a famosa "vaquinha" (é como chamamos na Bahia quando um grupo se dispõe juntar um pouquinho de dinheiro de cada e formar um "poucão" sem abalar as estruturas financeiras de ninguém) è lá se foi a nossa Heroína acompanhada do seu Anjo-da-Guarda - meu marido seu sogro- levantou primeiro que eu fez o coquetel laxante para ela, fez café e colocou para eles dois... A minha parte é cuidar de providenciar a roupa, os casacos, botas e os documentos além de colocar um iogurte na bolsa - É bem pouco em relação ao que o meu marido faz - mas é o que posso fazer. Agora vou tentar ver se Mariazinha dorme mais um pouco, chorou muito com a saída da mãe, meu filho, coitado um trapo humano de tanto trabalhar, pegar peso e sofrer com a doença da esposa. Bem ontem adiantei todo serviço da casa, mais uma vez zerei o cesto de roupas sujas, fiz a faxina da casa, - me esmerei no banheiro rsrs - pois sei que hoje vai ser um dia daqueles - Jarli passando mal, Mariazinha querendo colo, meu marido na cozinha e eu tentando acalmar a "Menina-Deus-de-Cauçolinha"... Que criaturinha abençoada!!! Literalmente. Agrega todos os predicados de uma criança na idade dela - um ano e onze meses - dócil, travessa, chorona, malcriada, tigelina (criança que pega em tudo e sobe nos lugares que uma pessoa jamais imaginaria que uma criança fosse capaz de tamanha façanha-falando nisso vou logo cuidar de jogar em cima da cama que durmo o colchão de casal que está em pé encostado no guarda-roupa - Esse é o colchão que o pai dorme com ela, já que a mãe não pode mais dormir junto dela (ETA colchão grande e pesado!!!) Se eu não fizer isso a "pestinha" vai subir na minha cama e tentar fazer do colchão um tobogã e só rola de ponta-cabeça. Ufa. Bem terminei o meu diário de Lar, agora com um frio da "peste" desse e sendo ainda seis e vinte e nove vou tentar dormir um pouco novamente na minha cama alta com dois colchões - é um desconforto, mas pelo menos tiro um cochilo tranquila, sabendo que tobogã de ponta-cabeça não vai rolar . Até amanhã, a essas alturas Jarli já está no hospital esperando distribuírem as fichas e com certeza ela não está entre as dez primeira, Imaginem se fosse depender do transporte da Prefeitura ou da compra de voto de algum político (não conheço ninguém que nos fizéssemos chegar até um deles e não vendemos voto) - Nossos títulos nem daqui são. Mas valeu o esforço da minha sobrinha, Ana Paula que se preocupou em enviar na ingenuidade dela, um e-mail para a prefeitura. Ana minha sobrinha muito amada - aqui em São Paulo ou na Bahia quanto ao problema de mobilidade gratuita é tudo a mesma coisa - péssimo, não funciona. Seu tio que acompanha Jarli ouve é história sobre isso, de pessoas que inclusive faltam ao trabalho porque se fosse depender da gratuidade dos transportes tanto de prefeitura, ONGS, ou igreja passariam o dia inteiro no trânsito?Hospital. De uma coisa tenho certeza, apesar do Hospital ser de referência, se dependesse unicamente da minha opinião não contaria um minuto em Le vá para Bahia, conheço inúmeros casos de câncer mais raros que foram tratados lá por Hospitais Públicos e as pessoas se curaram. (Na Bahia eu teria pelo menos seis carros da família à nossa disposição, pessoa para nos ajudar não faltaria inclusive meu braço- direito) minhas secretária que há muito já a tenho no coração como filha, contaria com a secretária de minha filha, e a solidariedade de toda minha família. Infelizmente eles moram aqui e ela gostou muito da onco dela. Vamos no "sacrifício" que tem horas que chega a ser desumano ficando aqui em São Paulo.

Guerreiro com Guerreiro fazerm Vitórias

Estou vivendo momentos de emoções muito fortes... Há uns dias minha nora vem percebendo que os cabelos estão caindo - Ela já os tinha cortados bem baixinhos, mas eu, como estou com “deficit” na visão, não conseguia enxergar e dizia que ela estava cismada, que os cabelos que ela via eram normais cair assim como os de qualquer pessoa caem. - Não minha sogra, - dizia ela, os meus estão caindo muito, é que a senhora não consegue enxergar direito. Mesmo assim eu dizia que era somatização dela pelo que ouvia falar do que poderia acontecer com o tratamento quimioterápico... Estava enganada... Hoje ela foi tomar banho e me chamou, confesso que tentei disfarçar o quanto pude e até ensaiei uma brincadeira insossa. Os cabelos dela realmente estavam caindo, e muito. Ela passava a mão na cabeça em baixo do chuveiro e vinha cheia de fios de cabelos. Aquela visão para mim foi inquietante, muito embora eu já soubesse que isso iria acontecer. Mas, confesso que o que me espantou mais foi a tranqüilidade e serenidade dela. Com as mãos cheias de cabelos me disse – Minha sogra, quero que meu sogro mande chamar o rapaz aqui em casa para passar a máquina, na minha cabeça vou raspar todo, esses cabelos caindo pelo meu corpo vão me deixar nervosa, estressada... Dito e feito, meu esposo foi falar com o cabeleireiro que agendou para amanhã. Estou um pouco intranquila, pois amanhã é também o dia da segunda sessão de quimioterapia e ela fica muito debilitada, mas quer rapar amanhã assim mesmo. Fez questão de tirar umas fotos hoje à tarde antes de ficar careca e me pediu que publicasse? Choquei... Ela me disse - depois vamos publicar eu careca, quero isso como prova do depoimento da minha VITÓRIA!!!!!!! - Isso, minha guerreira, faço com o maior amor, você tem me ensinado tantas lições de FÉ, GRANDIOSIDADE, DESPREENDIMENTO, CERTEZAS, CONFIANÇA... Que me apequeno diante tanta FORÇA que vejo sair de uma criatura aparentemente tão frágil, tão mignon, com tanta alegria, pra enfrentar o árduo caminho do tratamento, quando vejo tantos por aí chorar por motivos tão menores, que me quedo a pensar: - Deus tenho certeza que Vós bateu um dia à porta de Jarli e ela Te reconheceu, e Te acolheu, e agora é Tu Senhor que a carregas nos Teus braços, nesses momentos tão dolorosos, embalando-a fazendo com que ela consiga sorrir, sorrir, sorrir...

quinta-feira, 12 de julho de 2012

O ÁS de Ouro


















Pediram para eu não divulgar, só depois da Vitória, mas eu resolvi fazer o contrário, para que sirva de estímulo para muitos, que acham que por serem portadores de câncer, já estão condenados a uma vida apática, sem sentido, sem prazer... A minha nora com trinta e dois anos, foi diagnosticada com câncer de mama ductal infiltrante - grau II.  Como ser humano é claro que no momento que recebeu a  notícia desabou...Chorou o pranto dos que sabem do quanto essa doença, é perigosa e talvez pela cabeça dela tenha passado toda a sua história de vida. Estava acompanhada do esposo (meu filho) e da filhinha de um ano e nove meses... Foi um duro golpe para os dois, ela chorava e ele tentando reprimir  as lágrimas que teimavam em rolarem pelo seu rosto, tirando forças da fé, que ambos são movidos. Eles são nascidos na Bahia, mas, moram em São Paulo. Meu filho ligou para Salvador, queria falar comigo e com o pai- nesse momento  a força que ele pediu a Deus deve ter achado que viria através de nós.  Como eu já tive câncer (fiz colectomia total, o médico retirou todo o intestino grosso e o baço, imaginei logo todas as dores, sofrimentos e decepções que eles estavam por passar). Eu tinha ido a salvador no dia 31, fazer exames de rotina (desses nós nunca nos livraremos) soubemos da notícia por volta das quatorze horas e em menos de vinte e quatro horas -chegamos em São Paulo às onze horas da manhã- já estávamos com eles. Eu e  meu marido sabíamos das nossas limitações de saúde, portanto de todas as dificuldades que iríamos passar, aqui em São Paulo eles não tem ninguém. Pensamos em levá-la para a Bahia, mas os médicos acharam que pela gravidade do tumor  - nove centímetros - aqui teria mais recursos. E ficamos. As dificuldade começaram a aparecer. Fazia uns dois meses que ele tinha trazido as duas filhas do primeiro casamento para morarem com ele - A situação das meninas em relação a quem as olhassem estava complicada e ele de comum acordo com a ex- esposa resolveu trazê-las, até ela encontrar uma forma segura de deixar as meninas enquanto trabalhava. Era primeiro de junho quando chegamos, um frio intenso ao qual como baianos que somos não estávamos acostumados. Levantava às cinco e trinta horas da manhã (para mim que não estava acostumada a levantar cedo isso é madrugada- eu sou aposentada) para cuidar de colocar a neta do meio para ir à escola - meu marido ficou com a cozinha, coitado, corria, pois o almoço tinha que estar pronto impreterivelmente ao meio dia, quando a neta mais velha tinha que estar pronta, pois a perua que a levava para a escola não poderia esperar um minuto que fosse. Depois que arrumava a neta para ir à escola pela manhã, meu marido ia levá-la - morria de dó dos dois - um frio intenso, ela ainda dormindo agarrada á cintura do avô e lá iam os dois. Embora fosse muito puxado para nós eu tinha um grande prazer em arrumar minha neta, pentear-lhes os cabelos - essas duas criaturinhas sempre precisaram muito dos nossos cuidados. Voltemos ao assunto principal  -  a doença da minha nora. Com o frio e o próprio caminhar do tempo a coisa foi se agravando, as dores na coluna pioraram e ela não conseguiu mais levantar da cama. Veio a primeira quimio, (forte) por orientação da médica ela cortou os cabelos que eram bem compridos, lindos!!!  Fez um corte Chanel, que lhe emprestou mais beleza, eu fiquei encantada com o novo visual. Mas se o remédio é bom para cura, também é maléfico para o corpo e ela começou a sentir fortes dores e umas comichões na cabeça. Pensou bem, e resolveu como toda pessoa sensata, que estava na hora de decepar os cabelos - “Cabelo é raiz, e raiz cresce”- para o trauma não ser maior. Tem vezes que ela não consegue nem ir ao banheiro para fazer as necessidades fisiológicas e tudo é no improviso, não temos pessoas capacitadas em casa para cuidar de doente acamado - o marido se opõe ao uso da fralda descartável, acha que é traumático (pare ele) ela não faz restrições me diz que o importante é a comodidade.... Eu o entendo, quando eu passei por problema semelhante ele não tinha idéia do que o pai passava.  Mas deixa pra lá, o que quero enfatizar de fato, é a garra que ela tem de lutar. Ela ri, faz piadas comigo, diz que virei Anastácia, e preta velha, não tem cerimônia para pedir nada ao sogro que considera como um pai e carinhosamente o chama de “veio” Praticamente é ele quem cuida dela, leva para as consultas, a quimio, os exames e cuida dela em casa também, comida, na cama, virar etc.. Eu fico com a casa, a roupa e Maria a netinha – uma criança com energia demais e muito traquina, teimosa, tem que ficar de olho vinte e quatro horas, nunca tive um neto assim, vá entender logo num momento desses? Certo dia meu filho colocou um DVD evangélico - são evangélicos - e eu muito embora não tenha religião nenhuma, achei lindo ela assistir todo o DVD cantando, colocando os braços prá cima como forma de louvor, rindo, feliz na cama... Eu é que chorei - uma mistura de emoção e vergonha pela minha fraqueza espiritual. A criança é quem mais sofre, pois como viviam sós os três ela era apegada à mãe já que só ficavam as duas em casa numa cumplicidade ímpar.  Agora não pode estar todo momento com a mãe, mas mesmo assim damos um vacilo, e ela sobe pelos pés da cama, minha nora coloca-a na barriga, eu quero reclamar ela diz - deixe, e a menina faz carinho, e dorme que nem um anjo farta de um puro e satisfeito carinho. Mesmo com dores fortíssima não perde o foco na filha e me diz -  minha sogra faz uma sopinha  de verdura para Maria, me dê os legumes que eu corto aqui na cama mesmo. Que fantástico!!! Mas também é triste vê o marido encostado à cama dela sentado no chão com a cabeça junto dela - pusemos uma cama na sala para ela não ficar isolada no quarto. Bem, as outras netas foram passar as férias de julho em Salvador e a mãe entendeu que não dava mais para elas voltarem... Sei que realmente fez o certo, mas, me abalei profundamente, foi como da vez que vieram estudar aqui.  Elas já estão novamente estudando na Bahia. O pai choroso, pois esperou um dia morar com as filhas dele - o seu grande tesouro, Eu e meu marido continuamos aqui, mas não sei até quando  aguentaremos, pois a saúde já começa a gritar - quero atenção... Minha nora achou uma solução precária - ir para casa de uma amiga que ela morou quando veio para São Paulo - muito prestativa, a amiga ofereceu a casa dela e os préstimos enquanto vamos á salvador cuidar da saúde, mas a casinha é tão pequena, ela tem uma filhinha mais nova que a minha netinha, tem o marido e um filho adolescente.  O que mais me emocionou foi a solidariedade dessa amiga, já esteve aqui várias vezes, trouxe colchão, cobertor, e disse que cuidaria bem de minha nora até nós nos sentirmos melhores e medicados para voltar. Que grandeza! Com toda dificuldade que terá para acomodar uma pessoa doente em uma casa pequena mostrou que tudo é possível quando se tem vontade de servir e o coração é grande Meu filho está muito triste, pois a casa tem uma escada com muitos degraus e vai ter dificuldades para carregar ela para ir fazer a quimio, as consultas e os exames. Ela tem que sair pelo menos três  vezes no mês. Já mobilizamos toda a família em Salvador para  a famosa “vaquinha” - fizemos as contas e dá seiscentos reais de taxi. O que dói é ver meu filho estressado, e agora triste por não encontrar outra solução que não seja essa dela sair para uma casa de uma amiga onde terá dificuldade de mobilidade. Mas Deus é grande e a amiga já disse que na hora chama algumas pessoas para carregá-la. Ou quem sabe surge outra solução, mas a gratidão a amiga Adriana será eterna. Disso tudo aprendi a mais bela das lições até hoje em minha vida: De onde nada se tem é de onde mais brota solidariedade, compreensão dos nossos iguais. E a lição espiritual da minha nora - a força e a fé - nunca imaginei que tivesse tanta.

sábado, 23 de junho de 2012

Desafiando Limites VIII

  1. Preciso fazer justiça, que me perdoe Elisa (mãe de Jarli) está passando uns dias aqui em SP (pena que já vai embora segunda feira) e deu o sangue para por a casa e a cozinha em oprdem. Esqueci de citar ela no texto do dia 22-06-2012 - uma falha irreparável - não foi pior esse dia porque antes dela sair com João e a filha para levá-la ao médico, deixou comida pronta, cozinha arrumada e roupa lav...ada. -Ai Liu, eu não sei como vai ser de segunda feira em diante, Você, mulher forte, guerreira, vai embora,... Depois vai Zelito, outro que tem me ajudado muito e as duas crianças - essas pelo menos vai ser um mês sem precisar acordar 5,30 hs nesse frio insuportável - João vai ter que levar Jarli para os exames ( passam o dia todo fora, coitada de Jarli!!!) Tino vai trabalhar e eu vou ficar em casa com Mariazinha???????????????? Olhar essa criaturinha (" Deus de Caçolinha") já é tarefa árdua e suficiente para uma sessentona que nem eu, uma pessoa com limites físicos e psicológicos e ainda arrumar, lavar e ter que lidar com a desordem de Tino que não coloca nada no lugar e depois tenho que dar conta... Aí meu Deus, o Senhor não atendeu às minhas preces!!! Será que sou tão pecadora assim? Eu Te pedi saúde e o Senhor me deu mais doença: a visão esquerda está piorando, a hérnia ta crescendo, a fraqueza nas pernas pioraram ( tá insuportável, quase impossível levantar do vaso sanitário, me agachar...) E essa dor nas costas e nos quadris que não passam? Dor de cabeça? já nem ligo, para mim já faz parte da minha vida conviver com essa dor todos os dias... Por que Senhor, logo agora que eu preciso estar inteira me destes de volta essa depressão que aperta tanto o peito? Senhor, Senhor- perdão pela falta de modéstia - tem alguém precisando de mim, não faz isso comigo, eu preciso ser útil , eu quero servir ao meu próximo. Saúde, Senhor, por Vosso Amor Grandioso eu Te imploro e Te peço perdão pelas minhas falhas. Se eu não prestar para servir então de que me vale essa vida, Senhor?
Desafiando Limites VII


Bom Dia meu povo... São 7,10 hs da manhã de sexta feira dia 22-06-2012, ontem não me sobrou um "naco” de tempo para contar sobre a minha odisséia do dia. Vamos lá então. Acordei às 5,30 hs da manhã, começa a grande luta que vocês já conhecem - acordar Jujuba para ir à escola. Depois que João sai com ela, faço o café e fico aguardando ele chegar com o pãozinho quentinho tirado do forno na hora - essa é a parte melhor do dia..... Tino como sempre tem que levantar cedo para ir trabalhar, aí é outra luta, nunca deixa nada pronto, tudo que ele precisa para se arrumar e trabalhar está nos quatro cantos da casa, (fico imaginando se as casas fossem redondas, não sei como seria para procurar as tralhas dele) Tenho que dar conta, até de um pedaço de papel que ele rabiscou um endereço de um cliente - o pai já comprou classificadores para ele colocar os trecos, mas não adianta. Começa - minha mãe onde está meu cabo do cel, minha mãe minha farda de trabalho, não estou achando nenhuma no guarda-roupa... (não procura direito) - Ah minha mãe eu não sei onde colocaram meu fone de ouvido e eu não sei trabalhar sem ele. Sem pedir licença desconecta o meu do note book, eu reclamo, digo que não vou emprestar, ele diz que é ruindade.... Daí a pouco acha o dele no chão, lógico, põe a culpa em alguém, só não foi ele. Lembro que ele precisa ir ao cartório pegar autorização para as filhas viajarem com Zelito - Isso eu já tinha pesquisado a norma, preenchido e impresso o formulário – dois, pois têm que ser individuais, explico tudo para ele... Graças a Deus ele sai para o trabalho. Enquanto isso... João, Jarli e a mãe dela estão se arrumando para irem mais uma vez levar Jarli para fazer mais uma bateria de exames. Mariazinha começa a choramingar... Ainda bem que já estava com o mingau pronto, dou a ela, ela volta a dormir - obrigada meu Jesus Cristinho... Já pensou essa criatura acordada às 6,30 hs da manhã? Zelito acorda, faz massagens nas minhas costas - bêbado de sono... Matheus, o filho de Jarli pegou uma gripe daquelas, começa a ter um acesso de tosse incontrolável, corro para dar um remédio - muito bom - percebo que ele está com febre, volto com dipirona e forço ele tomar o comprimido. Ele volta a dormir, acordo Carol - aí a casa pega fogo - ô menininha que fala e reclama de tudo, e as horas vão passando, já é quase meio dia. Um parágrafo a parte:
Jujuba não foi para a escola ontem porque eu estava com tantas dores que tomei dois tarjas pretas – o famoso Rivotril - não vou pra cama sem ele - e um comprimido de dipirona, confiei no galo infernal - despertador de Tino - e o despertador de João, azar o meu, justamente ontem, os celulares estavam descarregados. Eu não preciso de despertador para acordar, posso dormir tarde que seja, mas, com dois comprimidos de rivotril de 2mg só se eu fosse elefante. Jarli acorda para se arrumar e diz - são 6,20 hs perdeu o horário minha sogra?- Levanto num salto, mas percebo que não dá mais tempo, Jujuba é muito lenta para se arrumar.
Vou cuidar de arrumar a casa – só para arrumar o quarto levo mais de uma hora, muito cobertor para dobrar, sapatos para por no lugar o quarto à noite vira um circo, com direito até a trapézio para sacolas, arrumo o resto da casa, varro, as horas passam rápido, hora do almoço, tem frango e ensopado de boi, feijão, arroz e salada... Carol implica, diz que só come frango com macarrão, resolve comer ensopado com feijão, larga a comida toda, diz que a carne tem gordura - nada de gordura apenas uns poucos nervos. Jujuba por sua vez também resolve agir da mesma forma, eu começo perder a paciência... Carol espera a Van chegar para levá-la e nada... Sinto que ela está amando, pois com certeza a van não virá buscá-la para a escola, como Jujuba não foi ela também acha que não deve ir. Deus do céu, lembrei, esquecemos de ligar para a tia da Van!!! Jujuba não foi para a Escola, fim do mundo, a pobre da criatura deve estar lá procurando por ela. Ligo para Tino, preciso do telefone da criatura, ele me enche de carão e ainda me diz que anotou em um pedaço de papel, e que não sabe onde colocou. Ai que raiva!!! Ligo para Jarli que também não sabe – aliás, essa atualmente não sabe de nada, nem da pobre da Mariazinha ela tem ânimo para saber dela. Começa a corrida por um pedaço de papel anotado com o número do telefone da Van. Eu e Zelito... Amém meu Deus, encontro o bendito do papel, Zelito liga, pede desculpas e diz que não precisa pegar Carol para não atrasar mais. Ele vai levar Carol (ela deve ter ficado p da vida, esperava não ir) à escola e pede para eu ligar para a senhora para não se esquecer de pegá-la à noite. Antes Carol tinha me dito que estava com cólicas, achou que ia menstruar, me pede um absorvente... Ouço um berro no banheiro - de quem? Carol - minha vó eu não sei colocar isso. Ai meu Deus, desde os trinta e sete anos que não tenho mais menstruação!!! No meu tempo os absorventes eram diferentes - enormes – coloco o absorvente na calcinha, ajusto tudo direitinho, Carol começa a se queixar, que aquilo está incomodando ela, e puxa toda hora e me diz que saiu do lugar, estou a mil por hora, digo para ela -Pior era no meu tempo que os absorventes eram enormes, você tem que se acostumar minha filha. Ela não entende, fecha a cara e coloca meio metro de bico, mas resolve deixar o absorvente quieto no lugar, teria aula de Educação física, ensino tudo direitinho a ela, Zelito percebe e ainda reforça nos cuidados que ele tem que ter. (à noite fico sabendo que foi alarme falso). Mais um desespero - dar comida a Mariazinha, deixo logo à sandália a postos, ligo a TV no desenho dela e começa o doloroso empreendimento, mas não é que Deus teve pena de mim? Enquanto assistia, eu ia dando a comida - pela primeira vez eu acho que na vida dela, comeu a comida toda. Olho Matheus, percebo que está mole, dou mais uma medicação, Zelito arranja umas meias para ele. Pelo menos consegue almoçar um pouco - quer dizer, pouco para ele, que é uma avestruz pra comer. Arrumo o quarto e coloco ele para deitar. Dorme a tarde toda. Jujuba não deu trabalho foi brincar com a sacola dela cheia de tralhas na garagem. Deus mais uma vez comanda a casa, e Mariazinha fica sossegada... Faz cocô , troco a fralda, assiste desenhos, daí a pouco começa a chorar – Já sei, é sono, ponho-a no colo e começo a embalá-la com minhas músicas dos tempos de criança. Eu tenho a impressão que criança gosta de voz rouca e destoada, ela dorme em minutos, coloco-a na cama, enrolo-a toda na manta dela... Ufa mais uma tarefa cumprida. Quase 3,00 hs, vou fazer uma vitamina de morangos fresquinhos para o lanche... Jujuba vai logo falando naquela linguagem dela do “X” – Eu não “goxto de morangos de frutas eu “goxto” de “xuco” de pó de morango. Pode? - Ta bem Jujuba come então uma banana, ou uma maçã ou danone, ela prefere o danone, dou dois potinhos, ela me diz: – ta muito pouco não deu, eu quero biscoitos cream crak. – Ok Jujuba pega lá na biscoiteira... Meu limite a essa altura estava quase completo. Vou ver Matheus pergunto se ele quer lanchar alguma coisa – não, responde ele . Ta realmente muito gripado e o pior cansando bastante, já fico imaginando se tiver que levá-lo a um posto médico, com certeza vai sobrar para Zelito, ajeito uns travesseiros para ele e o coloco numa posição quase sentado. Ele melhora e resolve tomar banho – um desastre – Matheus inventa de lavar a cabeça, não demora muito, começa a cansar novamente a fica com o nariz todo entupido, Mariazinha acorda, mas, tal qual um anjinho toma toda a mamadeira de vitamina de morangos e vai brincar na sala. Hora do banho, eu tenho limites físico, não consigo me agachar para dar banho em Mariazinha, mas minha auxiliar, Jujuba faz isso com muita propriedade, banhou direitinho Mariazinha.... Ouço um choro, vou correndo para o banheiro, nada demais, apenas a criaturinha a quem carinhosamente chamamos de “Deus de Caçolinha”, simplesmente empaca para não sair do banho. Pego na força e começo a arrumá-la – quero que a mãe e o pai quando chegarem encontrem ela toda arrumadinha - essa criança só vive descabelada e descalça, falo sério com ela - se tirar os sapatos vai tomar umas chineladas.... começo a vesti-la, esqueço o tênis na área de serviço, volto para buscá-lo, quando chego no quarto o estrago: a criaturinha conseguiu abrir o perfume e jogou na roupa, nos cabelos e na cama.... Falo – ai meu Deus me daí paciência. Ok, paciência concedida, chega a pior hora, pentear os cabelos – ô cabelinho rebelde. Ponho óleo de Argon, pego a escova grande da mãe, e mãos à obra, puxo na frente, puxo atrás, dos lados, a Xuxa já no meu braço, consigo um milagre – deixar os cabelos bem estirados num “rabinho-de- cavalo” - se fizesse isso sempre acredito que ela seria uma japonesa sarará de olhos azuis, pois eu puxo tanto os cabelos que os olhos ficam esticados kkkkk... Fica linda minha princesa!!! Toda feliz porque está de tênis. Para ela esse sapato significa passeio, sair... São 5,00 hs da tarde, agora é a vez de pentear os cabelos de Jujuba – ai o estresse é insuportável começa a “lengalenga” – Aí minha vó ta doendo, você ta puxando muito, eu vou soltar o cabelo... e por aí vai. Finalmente chegamos a um consenso e os cabelos entram na linha. Aff... Vou dar mais uma varrida na casa – ô casinha que suja, já é a quarta vez que passo a vassoura ... Hora de tomar banho, meu corpo está todo dolorido, a hérnia está cada vez maior... Ai quem me dera pudesse me deitar depois desse banho quentinho... Falta pouco Margarida, falo comigo mesma, já, já João e as duas chegam. De fato às 6,30 hs chegam os três. Jarli está com um semblante cansado, toda dolorida, deita no sofá, a mãe lhe tira as botas, jogo uma manta em cima dela, Mariazinha, quer colo de mãe, mas a mãe não agüenta nada, eu tenho que me virar do avesso para ela não ir para cima da mãe, brinco, digo que a mamãe tá dodói, mas ela não quer saber, aí encarno o meu personagem “feitor”, pego a sandália, falo sério, e não deixo ela subir na mãe – morro de dó , mas não tem outro jeito, Jarli nem consegue abrir os olhos. Chega Carol – pronto acabou-se o restinho de sossego, a menina apronta - estou com fome não posso esperar diz ela, começa a gaiatice, fala alto, reclama de tudo... Dança na frente da TV, Júlia entra no clima e o sossego só chega um pouco novamente na hora da novela Carrossel. Entre um intervalo e outro da novela, já mando Jujuba escovar os dentes e vestir uma parte da roupa que vai para a escola no outro dia – ganho tempo quando ela já dorme de leg e a blusa de manga comprida.. Ufa... To cansadíssima, não quero nem assistir a novela das nove, escovo meus dentes, coloco a farda de Jujuba na sala, sacola, pente, escova, botas... visto minha roupa de dormir – calças, camisola, meias, casaco... Tomo meu tarja preta, - boa noite família, entro debaixo do lençol, puxo o edredom, coloco meu cel para ouvir umas "musiquinhas" sertanejas até pegar no sono... Até amanhã às 5,30 hs para mais um dia de “Aquenta Sessentona".



Desafiando Limites VI


Bom dia meu Povo, mais um dia de frio, João leva Jujuba para a escola, ela quase que não quer acordar, vesti as roupas todas com ela dormindo, pentei-lhe os cabelos e ajudei-a a escovar os dentes e ela não abria os olhos, lavei-lhe o rosto e nada. Ah, um detalhe... Com esse frio todo aqui em SP não dá para baiano tomar banho para ir à escola pela manhã ( seis horas) Só um banho à tarde é o suficiente, mesmo assim até às 16,00 hs kkkkkk
Desafiando Limites V


Ontem, tinha programado sair com as crianças, já que a mãe de Jarli vai passar dez dias por aqui, ia aproveitar um pouco da liberdade... Quem disse? Passei a noite toda gemendo de dores pelo corpo todo sem contar com uma puta dor de cabeça, daquelas que dás vontade de arrancar os cabelos e sair correndo feito louca. Não deixei João dormir, ele me falava para eu levantar para tomar um analgésico, não conseguia levantar-me, e ele, coitado, estava em uma posição no quarto, que parecia mais sardinha enlatada, ficou preocupado de incomodar a mãe de Jarli que dormia com o neto no colchão no chão..... Consegui levantar às 11, hs - ainda bem que era sábado e não tinha aula, já pensou se fosse dia útil? Acho que Jujuba não iria para a escola- João me receitou um analgésico - além de ser meu grande amor, grande companheiro, é o meu médico nessas horas emergenciais. melhorei, mas a cabeça parece que tá inchada, tanto é o peso que estou sentindo. Almocei muito bem , o almoço estava delicioso (Zinho não fique com ciúmes) mas a mãe de Jarli caprichou... Coitada, acordou e dominou a cozinha - bom para João que só cuidou do café - eu consegui colocar as fardas das meninas na máquina e mais algumas peças de roupas delas e agora estamos eu Jarli e a pentelha da Mariazinha - Zelito achou um nome apropriado para essa criança "Deus de caçolinha" me acabei de rir. Quando tem uma pessoa muito danada chamamos o Cão de caçolão- conhecem esse adágio? Então Zelito achou que não cabia para ela essa alcunha já que é tão inocente e deu-lhe e apropriou-lhe de "Deus de cauçolinha"....... Nunca vi uma criança tão travessa, e pra piorar ainda é malcriada, autoritária e metida a independente, como não sabe falar se expressa com as mãos como se fosse um passarinho querendo voar. Eu resolvi chamá-la de a talzinha Bem-te-vi enviada do céu, onde lá pelos campos este pássaro é malcriado. Bem por hoje é isso... Estou no molho.
Desafiando Limites IV


São 5.13 h da manhã levantei às 4,30, coloquei roupa na máquina para lavar, fiz um cafezinho novo para meu filho que vai sair às 6,00 h para trabalhar.... Estou lendo as notícias do dia é a única hora que tenho tempo. Já já é hora de acordar Jujuba para arrumar para a escola. .... Enquanto isso espero o pão esquentar para poder colocar na mesa...... Está começando mais um dia, já fiz o mingau da Mariazinha não demora muito e ela vai berrar...
Desafiando Limites III


Bem gente, vou colocar o corpo no horizontal... Exausta, o frio aqui em Sampa melhorou um pouco, mas a sapeca da Mariazinha achou que 4 hs da manhã era hora de todos mundo pular da cama, e botou a boca no trombone... Levantei cambaleando de sono para fazer o tal do "tetê" que nada mais é que um mingau de Mucilon... Arrre... Que raiva, meu querido filho Tino o último a deitar, tinha dado o "tetê" para ela, deixou o liquidificador sujo, e a mamadeira... A água estava gelada, Maria berrava, Zelito acordou, a mamadeira sumiu, eu não sabia onde tinha colocado... Procura eu procura Zelito, conseguimos achá-la no chão, tinha caído e eu bêbada de sono não percebi.. A danada tomou o mingau em um minuto, e graças a Deus foi dormir, mas não demorou muito era hora de levantar novamente, Acordar Jujuba, que a essa altura só se queixava que estava morrendo de sono pois Maria não tinha deixado ela dormir direito. Arrumei Júlia (é um mundo de agasalho, a menina fica parecendo um tonel de tanta roupa.... kkkkk João leva ela para escola... Enquanto ele vai com ela providencio esquentar água para fazer café (eu não faço, mas já adianto) ele já tinha lavado todos a louça da noite - coitado, esquentou água para lava, não aguentou a água gelada. Quando ele voltou da escola de Jujuba eu já tinha enxugado a louça da noite passada, dado um jeito no horror da cozinha e ele fez o café pois a água já estava no ponto, aproveitei o pãozinho quente e tomamos nosso café. Fui dormir mais um pouquinho, Carol levanta às 9 hs, mas não consegui levantar, pedi a João para chamá-la e só consegui sair da cama às onze, cuidei de arrumar e varrer a casa , e lavar os panos de chão (tenho horror a pano de chão sujo pelos cantos) Amanhã dia de lavar muita roupa. Já estou imaginando. Ainda bem que a máquina pega 12 kg... Não quero nem saber se a gola ficou limpa ou se as meias lavaram direito ou se a bainha das calças limparam, o importante é está cheirosa. São três vezes de máquina ligada, uma para calças jeans, outra para roupas diversas e depois vem a roupa das crianças, aí vai de tudo, fraldas, sapameias, pantufas, roupas, calcinhas... Ai... Chega.... Até amanhã com mais um dia de loucura, sem contar que quando Carol e Tino estão juntos a coisa piora.... fui

Depoimento Corajoso

Esse é meu filho do meio muito amado, estarei sempre que Deus permitir ao teu lado.


"Bem amigos, nem sei ao menos porque eu estou escrevendo isso, mais meu coração anda tão triste que talvez seja uma forma de aliviar um pouco a minha tristeza quero salientar que não é uma tristeza de fim do mundo, pois sei que a nossa vitória em Cristo Jesus é garantida, apenas uma tristeza de que não gostaria de
estar passando por esse momento, mais Deus sabe de todas as coisas e espero Nele e confio Nele, bem muita gente conhece a minha história sabe que nunca fui como se dizem "flor que se cheire" mas apesar de tudo tive uma nova chance, uma nova chance de experimentar de novo uma nova vida, uma vida de vitorias, vim para São Paulo derrotado, triste sem pespectiva nenhuma, larguei duas filhas na Bahia e vim atras de algo melhor, sair do mundo ao qual eu vivia simplesmente fugir dele, mais confesso a todos, no começo não mudou muita coisa, bebia muito, muito mesmo, fui trabalhar em obra em Campinas cavando fossa, depois trabalhei numa empressa fazendo escadas de concreto, ganhava pouco mal dava para sobreviver a minha ex sogra trabalhava fora e só voltava fim de semana e o que ela deixava
na geladeira para a semana era o que comiamos, estava tão triste, mais não levava essas passagens para a minha familia que estava na Bahia pois tinha muita vergonha e voltar não era a minha intenção pelo menos naquele momento, um certo dia eu estava muito mal, achava que a minha vida não tinha mais solução, morando num cômodo e bebendo muito, me aparece alguém enviado por Deus e me chama "IRMÃO" vamos hoje na igreja, eu não tinha mais nada, porque não dar uma chance a Deus
só me restava isso e sendo assim fui, chegando lá a noite fui tocado pelo Espírito Santo de Deus e aceitei a Jesus como meu Salvador, chorei muito e dizia em pensamento se o Senhor realmente existe muda a minha história, restitui tudo que eu perdi e naquele momento tocou a música Restitui e chorei muito, passou se uns dias eu eu me mantive fiel, a minha esposa na época falou para irmos sair para um forró e eu disse que não que iriamos na igreja e com isso desencadeou muitas brigas queria ir a igreja e ela sair para festas, não demorou muito nos separamos pois ela tinha mandado escolher ou ela ou a igreja, mais pensem comigo, eu estava no fundo do poço era a minha chance minha nova chance, e eu me decidi fiquei com a igreja tive que sair da casa dela póis não era minha, fiquei desempregado aluguei uma casa
por 250,00 sem nem ter esse dinheiro, andava muito atras de emprego e um dia entrando numa loja de moveis chamada LOBELAR, falei com uma moça e ela falou olha tem uns moveis aqui para montar dentro da loja mais aqui dentro pagamos só a metade da montagem, nunca tinha montado moveis na minha vida, meu pai me mandou 50,00 andei até o banco mais proximo e saquei comprei um jogo de chaves e um martelo e fui e ela perguntou vc vai montar na mão, vou respondi estou acostumado menti, mas como eu tinha dito tinha colocado Deus na minha vida e agora só me restava viver da minha fé e acreditar Nele, passei uma semana montando acreditem montei certo era como se já soubesse o que estava fazendo, comprei uma parafussadeira eletrica, vi uma placa numa loja chama MARABRAZ, uma loja de moveis imensa e entrei fui atendido pelo gerente que foi um anjo que Deus colocou na minha vida, ele dizia Deus vai te ajudar e eu também, passei 6 messes só montando loja aprendi muito,
e comecei a ganhar um pouco melhor pois nesse meio tempo cheguei a passar fome, comprei 2 kg de rins bovino e comi a semana inteira, fritava e comia até chegar o dia do pagamento paguei o aluguel e comprei umas roupas e comida que dia feliz e daí por diante meus amados foi só vitória claro muitas lutas mais todas ganhas.
Hoje Deus me deu uma familia linda,num bom emprego, casei de novo tenho uma filha de 1 ano e 9 messes, mais hoje estou triste a minha esposa, a esposa que eu amo que Deus me deu foi diagnosticada com Cancer de Mama, sei que para honra e gloria do nome de Deus ela esta curada, mais sou humano não um super humano e eu amo tanto ela que essa notícia para mim foi como se tivessem tirado o meu chão, lembro do sofrimento dela no hospital quando descobriu a doença, ela chorava e eu falava calma amor
estou aqui do seu lado e Deus não vai abandonar agente, eu com minha filha no colo vendo a mãe chorar, mais Deus é grande, logo outras pessoas vieram confortá-la e eu me senti mais tranquilo, no momento que eu estou escrevendo essa mensagem ela está no hospitál, hoje começara a sua guerra, mais ela está tão forte sabe que será uma guerra aonde a vitória sera sua, ontem fomos comprar roupas para ela e me pediu para compra uma boina para ela e lenço aquilo me doeu tanto sei que a quimioterapia vai fazer os seu cabelos ao qual ela tem tanto zelo cair e que é para o bem dela para a cura dela, mais não me interessa o cabelo, ou qualquer parte do corpo dela se ela tiver de perder o que me interessa é ela viva do meu lado para sempre, envelheceremos juntos, criaremos nossos filhos juntos e daremos muitas risadas juntos é isso que me interessa. Peço a todos que continuem orando por ela, ela é muito especial para mim, agradeço a todos que torcem e oram por ela.
Amamos todos em Cristo Jesus".
Desafiando Limites II


Hoje foi um dia, digamos assim........... Um pouco mais tranquilo..... João levou Jarli ao Onco... Saíram às 7 da manhã e chegaram, coitados, às 18 hs, um frio de lascar!!! Eu fiquei com Zelito tomando conta da casa...... Lavar os pratos foi o pior castigo, a água endurecia meus dedos, ..... Olha, João é o cozinheiro da casa, deixou tudo pronto, mas..... Pensem em uma bagunça generalizada, pensaram? Pois foi como ele deixou a cozinha, o fogão nem conseguia funcionar de tanta sujeira.... Quando levantei às 6,00 hs para arrumar Jujuba para a escola, olhei, olhei a bagunça e pensei, vou voltar para cama....... Não consegui dormir, a cozinha me provocava pesadelos.... De repente um estrondo que há muito tempo não ouvia na minha vida, parecia que o mundo ia desabar...... Não era nada, apenas trovões. Aqui em SP é ensurdecedor essa arrumação de Deus lá no céu. Me enrolei o mais que pude no edredon, mas a cozinha me peraseguia..... Levantei, respirei fundo e mãos à obra, lá se foi eu fazer com que aquele recinto voltasse a parecer o que era verdadeiramente...... Levei horas... Consegui terminar.... Agora me desloco para a arrumação da casa, Carol e Zelito me ajudam a dobrar os cobertores, haja edredon, varro a casa, ponho a comida de Carol, chega Júlia, vai Carol para a escola, ponho a comida de Júlia, Zelito lava a louça do almoço, dou uma rápida limpeza no sanitário, estendo o resto da roupa. Sol? Onde? Cadê? Eu que passo o tempo todo me queixando do Sol lá na Bahia, aqui o procuro como se fosse um manjar dos deuses, um raiozinho se quer já me bastaria, mas nada, tudo aqui é muito cinza, começa a cair uma chuva... Termino de varrer a casa. Ponho Mariazinha para dormir, lá se vai metade da tarde... Chegou meu limite... Ainda bem que tenho Zelito aqui - obrigada mano- ele ajuda Jujuba a fazer o dever. Eu? apenas falo - sinto muito continue ai com Jujuba pois vou colocar o corpo no horizontal. Pego um edredon, me enfio debaixo dele, o corpo todo doi, mas sou recompensada por um ambiente gostoso, um quarto bem escurinho, um colchão pra lá de bom e a "lombrigó" (Mariazinha) dormindo, não preciso de mais nada. Obrigada meu Deus. Acordo como sempre, com uma mão familiar me acariciando e me dizendo " O café está fresquinho acabei de passar, pão quentinho". Que delícia de afago e de esposo . Obrigada meu Deus, por mais um dia que dei conta.
Desafiando  Limites

Ufa.... 6,00 hs, 15 graus, uma chuva danada, toca o celular, o diabo de uma voz de galo a lembra -me que é hora de levantar para aprontar Júlia para ir à escola... -Acorda Jujuba, Jujuba não se move. Acorda Ju, nada, levanto, molho a mão um pouco e passo no rosto dela, ele se vira, eu puxo a perna... Levanta Jujuba, aí meu Deus, que dificuldade colocar esse criança em pé...Ufa que o frio tá de lascar... Começo a vestir Jujuba.... Primeiro uma blusa de manga comprida, depois uma casaco de lã, em seguida a camisa do colégio... Pensam que parou por aí? Agora a meia calça, depois a calça jeans, depois os tênis, .... Deixo ela no sofá, vou esquentar o leite para fazer o nescau... - Rápido Ju para não atrasar, bebe esse nescau, e ela sonolenta ainda, bebe a conta-gotas, vamos escovar os dentes, enquanto isso providencio colocar a merenda na sacola... - Terminou de escovar os dentes? Hora de pentear os cabelos, ai meu Deus, é um tal de " você apertou muito" aí minha vó ta doendo... Consegui, falta a última peça de roupa um casaco grosso lindo, com capuz, minha Jujuba fica toda pronta e formosa para ir para escola, Chega o pai, "minha mãe tem café" ? Coloca um pouco na xícara... "Vamos Júlia ta na hora se não chegamos atrasados"... "Tchau, mãe," " tchau vó, respondo: - Deus acompanhe os dois. Fecho a porta, volto para cozinha para fazer o mingau de Mariazinha, não demora muito e ela vai acordar berrando.... Levo a mamadeira para o quarto, quando acordar é só enfiar a mamadeira "guela abaixo".... Mas, aí é com a mãe dela. Ufa, terminei!!! Ainda dá tempo de tirar um soninho, volto pra cama, daqui a uma hora começa a outra fase de mais um dia de rotina na minha nova profissão - Tia Anastácia...

domingo, 1 de abril de 2012

Adeus Mãe

ADEUS, MÃE, ATÉ UM DIA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!, SEGUE EM PAZ............. FOI DIVINO, FOI MARAVILHOSO.................. EU CONVERSANDO COM VOCÊ ENQUANTO LHE VESTIA PARA TE COLOCAR NO SEU BERÇO DE MORTE. EU E VOCÊ SOZINHAS............. ATÉ CONSEGUI RIR QUANDO DIZIA - ME AJUDA MÃE, VOCÊ TA MUITO PESADA E SÓ TEMOS NÓS DUAS AQUI, COLABORE, E EU TE ARRANQUEI OS PANOS QUE TE COBRIAM, DESATEI, AS FAIXAS QUE LHE AMARRAVA AS MÃOS E OS PÉS, COM MUITO ESFORÇO E, CLARO, "SUA AJUDA" COLOQUEI SEU VESTIDO AZUL, AZUL COMO A COR DO CÉU ENSOLARADO QUE ESTAVA HOJE.!!!!!!!!!!!!, PENTEEI-LHES OS CABELOS PRATEADOS, FECHEI UM OLHO SEU QUE TEIMAVA EM PERMANECER ABERTO E EU RALHANDO COM VOCÊ - NÃO, ASSIM FICA FEIO, DEIXE DE SER TEIMOSA...... PARECIA EU A MÃE E VOCÊ A FILHA...... DEI O LAÇO DO VESTIDO, CRUZEI SUAS MÃOS E SORRI, MAS SORRI COM VONTADE AO PERCEBER QUE TINHA CONSEGUIDO LHE DEIXAR LINDA....... CHEGA MEU ETERNO COMPANHEIRO, MEU GRANDE AMOR, MEU TUDO, OLHA A CENA, SE ESPANTA COM TUDO QUE CONSEGUIMOS FAZER SOZINHAS ME ABRAÇA CHORANDO DE EMOÇÃO E ME CONFORTA E ME CHAMA DE GUERREIRA E ME DIZ VOCÊ É MIN HA MARIA.................... ADEUS MINHA FLOR, DORME TEU SONO ETERNO TRANQUILA!!!!!!!!!!!!!!! BEIJOS DA SUA FILHA........... AMANHÃ VOU SEGUIR SEU BERÇO E VOU VÊ-LO DEPOIS COBERTO DE RELVA COMO VOCÊ SEMPRE QUIS.

sexta-feira, 30 de março de 2012

O dia que o gigante teve medo

30 de março de 2012 às 10:40

Lula: “Recebi uma bomba de Hiroshima dentro de mim”

NA PRIMEIRA ENTREVISTA APÓS O DESAPARECIMENTO DO CÂNCER, LULA FALA DO MEDO DA MORTE E AFIRMA QUE AGORA QUER EVITAR UMA AGENDA ‘ALUCINADA’
Cláudia Collucci e Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ontem que teve mais medo de perder a voz do que de morrer após a descoberta do câncer na laringe. “Se eu perdesse a voz, estaria morto.”
Um dia depois da notícia de que o tumor desapareceu, ele recebeu a Folha para uma entrevista exclusiva num quarto do hospital Sírio Libanês, em São Paulo, onde faz sessões de fonoaudiologia.
Lula comparou a uma “bomba de Hiroshima” o tratamento que fez, com sessões de químio e radioterapia.
Ele emocionou-se ao lembrar da luta do vice-presidente José Alencar (1931-2011), que morreu de câncer há exatamente um ano. “Hoje é que eu tenho noção do que o Zé Alencar passou.”
Quase 16 quilos mais magro e com a voz um pouco mais rouca que o normal, o ex-presidente ainda sente dor na garganta e diz que sonha com o dia em que poderá comer pão “com a casca dura”.
A entrevista foi acompanhada por Roberto Kalil, seu médico pessoal e “guru”, pelo fotógrafo Ricardo Stuckert e pelo presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto.
Folha – Como o sr. está?
Luiz Inácio Lula da Silva – O câncer está resolvido porque não existe mais aqui [aponta para a garganta]. Mas eu tenho que fazer tratamento por um tempo ainda. Tenho que manter a disciplina para evitar que aconteça alguma coisa. Aprendi que tanto quanto os médicos, tanto quanto as injeções, tanto quanto a quimioterapia, tanto quanto a radioterapia, a disciplina no tratamento, cumprir as normas que tem que cumprir, fazer as coisas corretamente, são condições básicas para a gente poder curar o câncer.
Foi difícil abrir mão…
Hoje é que eu tenho noção do que o Zé Alencar passou. [Fica com a voz embargada e os olhos marejados]. Eu, que convivi com ele tanto tempo, não tinha noção do que ele passou. A gente não sabe o que é pior, se a quimioterapia ou a radioterapia. Uns dizem que é a químio, outros que é a rádio. Para mim, os dois são um desastre. Um é uma bomba de Hiroshima e, o outro, eu nem sei que bomba é. Os dois são arrasadores.
O sr. teve medo?
A palavra correta não é medo. É um processo difícil de evitar, não tem uma única causa. As pessoas falam que é o cigarro [que causa a doença], falam que é um monte de coisa que dá, mas tá cheio de criancinha que nasce com câncer e não fuma.
Qual é a palavra correta?
A palavra correta… É uma doença que eu acho que é a mais delicada de todas. É avassaladora. Eu vim aqui com um tumor de 3 cm e de repente estava recebendo uma Hiroshima dentro de mim. [Em alguns momentos] Eu preferiria entrar em coma.
Kalil [interrompendo] – Pelo amor de Deus, presidente!
Em coma?
Eu falei para o Kalil: eu preferiria me trancar num freezer como um carpaccio. Sabe como se faz carpaccio? Você pega o contrafilé, tira a gordura, enrola a carne, amarra o barbante e coloca o contrafilé no freezer e, quando ele está congelado, você corta e faz o carpaccio. A minha vontade era me trancar no freezer e ficar congelado até…
Sentia dor?
Náusea, náusea. A boca não suporta nada, nada, nada, nada. A gente ouvindo as pessoas [que passam por um tratamento contra o câncer] falarem não tem dimensão do que estão sentindo.
Teve medo de morrer?
Eu tinha mais preocupação de perder a voz do que de morrer. Se eu perdesse a voz, estaria morto. Tem gente que fala que não tem medo de morrer, mas eu tenho. Se eu souber que a morte está na China, eu vou para a Bolívia.
O sr. acredita que existe alguma coisa depois da morte?
Eu acredito. Eu acredito que entre a vida que a gente conhece [e a morte] há muita coisa que ainda não compreendemos. Sou um homem que acredita que existam outras coisas que determinam a passagem nossa pela Terra. Sou um homem que acredita, que tem muita fé.
Mesmo assim, teve um medo grande?
Medo, medo, eu vivo com medo. Eu sou um medroso. Não venha me dizer: ‘Não tenha medo da morte’. Porque eu me quero vivo. Uma vez ouvi meu amigo [o escritor] Ariano Suassuna dizer que ele chama a morte de Caetana e que, quando vê a Caetana, ele corre dela. Eu não quero ver a Caetana nem…
Qual foi o pior momento neste processo?
Foi quando eu soube. Vim trazer a minha mulher para um exame e a Marisa e o Kalil armaram uma arapuca e me colocaram no tal de PET [aparelho que rastreia tumores]. Eu tinha passado pelo otorrino, o otorrino tinha visto a minha garganta inflamada.
Eu já estava há 40 dias com a garganta inflamada e cada pessoa que eu encontrava me dava uma pastilha No Brasil, as pessoas têm o hábito de dar pastilha para a gente. Não tinha uma pessoa que eu encontrasse que não me desse uma pastilha: ‘Essa aqui é boa, maravilhosa, essa é melhor’. Eu já tava cansado de chupar pastilha.
No dia do meu aniversário, eu disse: ‘Kalil, vou levar a Marisa para fazer uns exames’. E viemos para cá. O rapaz fez o exame, fez a endoscopia, disse que estava muito inflamada a minha garganta. Aí inventaram essa história de eu fazer o PET. Eu não queria fazer, eu não tinha nada, pô. Aí eu fui fazer depois de xingar muito o Kalil.
Depois, fui para uma sala onde estava o Kalil e mais uns dez médicos. Eu senti um clima meio estranho. O Kalil estava com uma cara meio de chorar. Aí eu falei: ‘Sabe de uma coisa? Vocês já foram na casa de alguém para comunicar a morte? Eu já fui. Então falem o que aconteceu, digam!’ Aí me contaram que eu tinha um tumor. E eu disse: ‘Então vamos tratar’.
Existia a possibilidade de operar o tumor, em vez de fazer o tratamento que o senhor fez.
Na realidade, isso nem foi discutido. Eles chegaram à conclusão de que tinha que fazer o que tinha que fazer para destruir o bicho [quimioterapia seguida de radioterapia], que era o mais certo. Eu disse: ‘Vamos fazer’.
O meu papel, então, a partir dessa decisão, era cumprir, era obedecer, me submeter a todos os caprichos que a medicina exigia. Porque eu sabia que era assim. Não pode vacilar. Você não pode [dizer]: ‘Hoje eu não quero, não tô com vontade’.
O senhor rezava, buscou ajuda espiritual?
Eu rezo muito, eu rezo muito, independentemente de estar doente.
Fez alguma promessa?
Não.
Existia também uma informação de que o senhor procurou ajuda do médium João de Deus.
Eu não procurei porque não conhecia as pessoas, mas várias pessoas me procuraram e eu sou muito agradecido. Várias pessoas vieram aqui, ainda hoje há várias pessoas me procurando. E todas as que me procurarem eu vou atender, conversar, porque eu acho que isso ajuda.
E como será a vida do sr. a partir de agora? Vai seguir com suas palestras?
Eu não quero tomar nenhuma decisão maluca. Eu ainda estou com a garganta muito dolorida, não posso dizer que estou normal porque, para comer, ainda dói.
Mas acho que entramos na fase em que, daqui a alguns dias, eu vou acordar e vou poder comer pão, sem fazer sopinha. Vou poder comer pão com aquela casca dura. Vai ser o dia!
Eu vou tomando as decisões com o tempo. Uma coisa eu tenho a certeza: eu não farei a agenda que já fiz. Nunca mais eu irei fazer a agenda alucinante e maluca que eu fiz nesses dez meses desde que eu deixei o governo. O que eu trabalhei entre março e outubro de 2011… Nós visitamos 30 e poucos países.
Eu não tenho mais vontade para isso, eu não vou fazer isso. Vou fazer menos coisas, com mais qualidade, participar das eleições de forma mais seletiva, ajudar a minha companheira Dilma [Rousseff] de forma mais seletiva, naquilo que ela entender que eu possa ajudar. Vou voltar mais tranquilo. O mundo não acaba na semana que vem.
Quando é que o senhor começa a participar da campanha de Fernando Haddad à Prefeitura de São Paulo?
Eu acho o Fernando Haddad o melhor candidato. São Paulo não pode continuar na mesmice de tantas e tantas décadas. Eu acho que ele vai surpreender muita gente. E desse negócio de surpreender muita gente eu sei. Muita gente dizia que a Dilma era um poste, que eu estava louco, que eu não entendia de política. Com o Fernando Haddad será a mesma coisa.
O senhor vai pedir à senadora Marta Suplicy para entrar na campanha dele também?
Eu acho que a Marta é uma militante política, ela está na campanha.
Tem falado com ela?
Falei com ela faz uns 15 dias. Ela me ligou para saber da saúde. Eu disse que, quando eu sarar, a gente vai conversar um monte.
E em 2014? O senhor volta a disputar a Presidência?
Para mim não tem 2014, 2018, 2022. Deixa eu contar uma coisa para vocês: eu acabei de deixar a Presidência da República, tem apenas um ano e quatro meses que eu deixei a Presidência.
Poucos brasileiros tiveram a sorte de passar pela Presidência da forma exitosa com que eu passei. E repetir o que eu fiz não será tarefa fácil. Eu sempre terei como adversário eu mesmo. Para que é que eu vou procurar sarna para me coçar se eu posso ajudar outras pessoas, posso trabalhar para outras pessoas?
E depois é o seguinte: você precisa esperar o tempo passar. Essas coisas você não decide agora. Um belo dia você não quer uma coisa, de repente se apresenta uma chance, você participa.
Mas a minha vontade agora é ajudar a minha companheira a ser a melhor presidenta, a trabalhar a reeleição dela. Eu digo sempre o seguinte: a Dilma só não será candidata à reeleição se ela não quiser. É direito dela, constitucional, de ser candidata a presidente da República. E eu terei imenso prazer de ser cabo eleitoral.
 









(Do Vi o  Mundo)