segunda-feira, 12 de setembro de 2011

MINHA SOGRA, EXEMPLO DE AMOR





É... Lídia, não teve jeito.... Por mais
que saibamos que a única coisa que temos certeza nesse mundo é que um dia
 vamos morrer, a sua  partida mexeu
demais com as minhas emoções, pois, para mim, minha sogra querida, foi ainda
mais doloroso, porque  a minha mãe embora
ainda esteja nesse mundo, há  muito que se esconde dele. Então, aprendi a
fazer de conta que todas as vezes que você me beijava  ou me pedia um
beijo eu pensava em minha mãe e achava que Deus na sua infinita sabedoria me
permitia nesses momentos  sentir através dos seus lábios  a doçura do
beijo que ela  já não podia mais me dar. Eu
vivenciava nesses momentos as minhas fantasias com muita intensidade. Quando
você me abençoava e me dizia Jesus que te proteja e te acompanhe eu  me sentia duplamente protegida.  Que maravilha! Que bom que era essa sensação de
proteção!  E fui me acostumando a usar
você, e que gostoso que era ouvi-la  me
pedir um beijo e receber ao mesmo tempo o seu . Fica agora essa vacância  de bênçãos em mim, porque de uma só vez perdi
 as carícias e as palavras tão doces balbuciadas por você  imaginando também que a  minha mãe  as estivesse   naqueles momentos me afortunando de tantas
graças, e o seus beijos que  me trazia  à realidade gostosa quando  sentia o rosto lambuzado  pelos seus lábios já tão trêmulos por
conta  da vida longa - mais de um século
vivido  com qualidade, é muita
permissão  Divina!
Lidinha, minha mãe vive no mesmo prisma
que eu, mas encerra-se com a sua morte, essa doce fantasia. Não posso mais
brincar de faz-de-conta e receber o beijo dela através de você.  Só me resta agradecer-lhe todas as bênçãos e
as palavras  de  felicidade que você desejava para mim, e, de
onde você estiver, ouve o meu muito obrigada e sinta  o beijo mais saudoso dessa sua nora .
  

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