quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Brincado de ser feliz

Na infância e adolescência brinquei muito de Amarelinha - ah como era gostoso pular num pé só nas casas individuais e de dois nas casas conjugadas! Torcia para os outros perderem pisando na linha divisória das casas ou mesmo não acertando a pontaria na casa que não podíamos colocar o pé. O instrumento que servia de arremesso era casca de banana dobrada ao meio. Bom demais acertar todas as casas sem pisar na linha  e chegar ao céu.... Hoje, pensando em fazer uma atividade com os netos que estão um pouco acima do peso e ao mesmo tempo  distraírem-se, lembrei da Amarelinha e, mãos à obra, lá se foi eu para o terreiro com a criançada - aqui na roça uma área em volta da casa sem mato, limpa e com árvores ao redor chamamos de terreiro - já começou a guerra para se chegar a um consenso de quem traçaria a brincadeira, depois de algumas   intervenções minhas meio tendenciosas para que a melhor desenhista fizesse, conseguimos  começar a brincadeira.  Bal, meu braço direito aqui na roça, me ensinou um modo mais prático de fazer um  arremesso - um saquinho de areia  - achei ótima a sugestão.
Decidido democraticamente quem começaria o jogo, iniciamos  a fantástica brincadeira, Eu na qualidade de idosa tornei-me a juíza do jogo e logo percebi porque  mãe de juiz sofre tanto - os pequenos jogadores ficavam bravos  comigo quando não apontava  algum erro - eu só falava: lembrem-se que  minha mãe é sua Bisa. Confesso que usei do meu posto hierárquico  literalmente  e cometi várias arbitrariedades, mas não foi de má fé, os  jogadores  gritavam demais, atrapalhavam a concentração do outro, então e resolvi penalizar quem falasse. Fiz muita" vista grossa"  para Jujuba e Lis que eram as que demonstravam mais dificuldades com a brincadeira. Lis então ... os prejudicados ficavam zangados e eu dizia o juiz não viu portanto não pode penalizar e quem contestar  passa a vez.  Deu certo, e finalmente conseguimos consagrar o vencedor  - Carol, óbvio. Lis empacou, Guigo levou na esportiva, Jujuba esvaiu-se em lágrimas e Larinha que é minha  rainha eleita sobre protestos dos outros, apenas olhava. Eu? - Hora do lanche  crianças...  Lis  pensou: pernas pra que te tenho? Jujuba achou que lágrimas não viram suco e os outros? Correram atrás...
Conclusão: alegria, bucho cheio e perda de calorias. 
Amanhã tem mais.

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