Os filhotes empenaram, aprenderam a voar e foi-se um a um construírem o seu próprio ninho. Do antigo ninho levaram consigo talvez alguns ensinamentos. Mágoas...quem sabe? Decepção? Por quererem atenção só para eles? Amor... É certo. Construíram seus ninhos, e prá lá se foram com eles, novos moradores... E ficou tudo diferente do que era dantes! O meu ninho ficou vazio - o deles? Cheio, mas jamais igual ao que deixaram para trás, e eu procuro alguma coisa por pequenina que seja que lembre o nosso ninho, mas não há! E nem poderia haver. Eu não criei o passarinho grande, tão pouco a “Passarinha" maior! Ah sim... Espera aí... encontrei - que coisa maravilhosa meu Deus! Filhotes empenando-se preparando-se para o dia do grande vôo. Vê-los me leva à lembranças da minha ninhada quando todos brincavam, gorjeavam, bicavam-se, mas se amavam sem barreiras. Mas não são meus, são dos meus passarinhos que se foram. E no caminho enquanto procuravam os galhos e gravetos para fazerem suas novas moradas, acharam coisas que se misturaram às que já tinham e tudo ficou diferente. O meu ninho? Continua aqui, vazio, mas igualzinho desde quando eles partiram, mas os deles Senhor, eu não encontro nada que se pareça ao nosso velho ninho. Forçada a me adaptar com costumes e trilados diferentes, fico eu aqui pensando:
Sou nesses ninhos apenas uma estranha.
Nenhum comentário:
Postar um comentário