quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Enem o maior Programa de Avaliaçãoda América Latina

Se o ENEM fosse somente para avaliar o ensino médio, ninguém estaria nem ai se deu erro nas provas. O problema principal é que o ENEM dá oportunidades, e isso na visão de conservadores, inviabiliza seus projetos gananciosos, e qualquer coisa é valida pra anular uma prova com 3,3 milhões de candidatos. Certo que o exame deva ser refeito por quem pegou o caderno com erros - não se pode cometer injustiças, mesmo que fosse apenas um candidato - mas cancelar todo o processo, deixa claro interesses execráveis. O caso Enem tem que ser visto com prudência, pois se sabe que grandes monopolistas poderiam causar esses danos nestas provas. Apenas lembrando que o Ceará - a juíza que expediu a liminar invalidando o concurso e suspendendo a divulgação do gabarito exerce suas atividades ajuizatorias nesse estado - é o campo eleitoral de nada mais, nada menos que Tasso Jereissati (PSDB), que foi derrotado, e adoraria causar problemas no Enem, por exemplo.

.Já que o negócio é judicializar – grifo meu -, porque algumas entidades representativas dos estudantes ou dos profissionais da educação não acionam também o judiciário visando garantir e defender os interesses dos milhões e milhões de participantes que fizeram a prova normalmente e não tiveram qualquer dificuldade, mas que agora vêm sua situação ameaçada por conta da histeria midiática e da busca por holofotes de membros do MPF, Justiça Federal, OAB, etc.? Quem precisa e defende uma educação democrática deve entrar nessa briga também. Atenção UNE, UEE’s, Sindicatos, Andes, etc.

As evidências são palpáveis e cristalinas, não nos enganemos... A jogada parece ser muito bem ensaiada, visando atingir um dos programas do governo que mexe com a estrutura dos privilégios das nossas castas estabelecidas. Ninguém troca uma matriz em uma gráfica multinacional sem que se tenha recebido uma ordem superior, em se tratando de um serviço de tamanha responsabilidade, fazendo crê que foi um erro acidental, principalmente quando se deveriam tomar todas as precauções por causa do ocorrido no ano passado (furto de provas do concurso) As máfias existem, e são defensoras de interesses escusos que tentam se preservar; esse tipo de ação, em si já é uma evidência de ação mafiosa. O interessante é que a ação judicial é interposta antes mesmo de o executivo tentar a resolução do caso; a ação judicial tenta impedir o executivo de cumprir com suas competências, para enfrentar o problema surgido, antes que o dolo do usuário do ENEM se concretize. Tudo muito bem ensaiado, inclusive no que tange à ação dos grandes meios de comunicação A entrevista do Haddad, (Ministro da Educação) é contundente na desmontagem da estratégia midiática desse segundo golpe contra o ENEM. A Globo alardeou, a justiça suspendeu. Agora a Globo reconheceu que errou e recuou. Espera-se que a justiça também recue.

Texto baseado em comentários no Portal Conversa Afiada