sexta-feira, 14 de agosto de 2009

NAVEGANDO, VOU PERMANECENDO LÚCIDA

NAVEGANDO, VOU PERMANENCENDO LÚCIDA.

Moro na internet. Navego em mares diversos. Ora estou mergulhada nas minhas pesquisas, blogeando... Ora navego nas águas sujas da política, ou por vezes singro em busca de um bom livro e tal qual um pirata, busco um site onde encontrá-lo e com prazer de gozo lhe devoro as páginas. Às vezes meu ratinho timoneiro me leva pra mares profundos atrás de um fato histórico para um trabalho de um neto, um sobrinho... Outras horas estou boiando sobre a gramática, - como é complicada a nossa língua - ou então a procura de um tradutor online confiante que me elucide as mil facetas desses mares tão longínquos. Momentos existem que estou me deliciando com uma receitinha pescada numa blogzinho inocente, ou navegando por aqui, debatendo nos fóruns das comunidades, papeando com meus amigos, e procurando brincadeiras para exercitar o meu cérebro. O certo é que moro na “nete,” me sinto feliz e navegando vou exercitando a minha massa cinzenta, inflando-a o quanto posso, me distanciando cada vez mais da demência muitas vezes causada pela falta de afeto dos familiares ou pela ignorância no trato com os idosos.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Carol Beata e Jujuba

BIA E GABI

(pra mim serão sempre Carol Beata e Jujuba minhas netas amadíssimas)

"...Vivo por elas, ninguém duvida, porque elas são tudo na minha vida..."

Patricinhas ou Caipirinhas?

- Não sei. só sei que elas viveram a beleza do alvorecer no campo!

Sabe minhas princesas, um dia vocês moraram comigo na zona rural... Que mudança abrupta!!! De urbanas a ruralistas... Quisera eu ter tido o direito naquela época de ser a vovó, querida que deseduca, que estraga, que faz os mimos, mas o destino fez essa pegadinha comigo, e foram muitos momentos de repreensões, de tom de voz mais imperativo, ou até mesmo quando se sentiram injustiçadas pelos "nãos" que ouviram por força da construção na formação de cidadãs de bem num futuro a advir. Não foi na casa da vovó Margarida – como vocês me chamam - que sentiram plena e total liberdade de bagunçarem literalmente, comendo “salgadinhos de isopor” andando descalças pela terra úmida, dormindo a hora que bem quisessem tomando refrigerante, sem nenhuma barreira para o “apoliticamente incorreto.” E olha que eu tentei muitas vezes me fantasiar de mim mesma: Avó-liberdade-total, mas infelizmente os papeis foram invertidos e tive que me despir do meu eu avó para me envergar de mãe, abrindo mão da magnitude permissiva quando nós avós que somos nos sentimos tão bem deixando “rolar solto” as traquinagens ou até mesmo o comportamento pouco recomendáveis nas horas indevidas, sem censura nem proibição. Infelizmente minhas pequerruchas, inverteram-se os papeis, e enquanto pais temporários, que fomos eu e seu avô João tivemos que lhes impor direitos e deveres a exemplo de estudo e exigência de comportamento adequados nos lugares que se faziam necessários não lhes permitindo todos os direitos a liberdade de criança sem ou quase sem limites que lhes eram de direito numa relação avós/netos. Perdoem minhas netas queridas. A Deus eu pedi que me desse amor, muito amor, amor infinito, para que eu não cedesse um milímetro sequer nos momentos que fossem preciso dizer não, paciência para acompanhar e orientar os estudos, sabedoria para tomar a decisão certa nas horas das disputas pelo colo já bem flácido, mas que vocês adoravam ser ninadas. Ou pela vez da escolha da cabeleireira – decisões difíceis essas - nas suas purezas de crianças queriam fazer o penteado mais bonito na cabeça dessa avó. Confesso aqui, que muitas vezes os penteados eram tão “caprichados” que ficavam literalmente fixo do tanto de creme que lhe era dispensado e a minha pobre cabeça castigada das abruptas escovadas que recebia.

E por sobre tudo pedi a Ele (Deus) que fizesse um milagre em mim e eu tivesse ao menos uma centelha da energia de vocês para participar das artes circenses criadas e atuadas por vocês onde muitas vezes fui convidada (sic) não teria sido intimada? A participar das mesmas.

Mas por mais pesado que fosse esse "doce fardo" o amor que lhes tinha/tenho fez eu suportar a dor de me curvar para apanhar todas as pedras que colocaram no caminho de vocês, juntar todas elas, e um dia construir um castelo e dar-lhes de presente. E para aqueles que de alguma forma ousaram deixar marcas dolorosas na infância de vocês - por conta da irresponsabilidade, displicência, irracionalidade, intolerância e arrogância - deixo que a sensibilidade de Mário Quintana fale por mim: “Eles passarão, vocês PASSARINHOS"